Diferença entre regime financeiro de caixa e competência
Há inúmeras ferramentas financeiras e indicadores de que as empresas precisam ficar atentas a fim de colher bons resultados nos exercícios, além de estar em conformidade com a legislação. Entender e saber a diferença entre regime financeiro de caixa e competência é um deles. Isso permite um controle das finanças corporativas e da contabilidade empresarial, respectivamente.
Com nomes parecidos e baseados nos mesmos documentos fiscais, devem-se atentar às características próprias de cada um deles para não causar confusão. Entenda, abaixo, qual a diferença entre regime financeiro de caixa e competência, aplicando-os na sua empresa e colhendo ótimos resultados no balanço do seu negócio.
Qual é a função de cada um?
Para diferenciar, é preciso explicar em detalhes qual é a função e funcionamento de cada um, além da aplicação na prática junto aos processos da empresa. Dessa forma, eles contam com as seguintes características:
Regime de caixa
São todas as movimentações financeiras no momento do pagamento ou liquidação da transação financeira, e não quando o negócio é fechado. Para exemplificar: o regime de caixa não leva em conta o momento que a nota fiscal foi emitida, mas sim quando ela foi paga.
Essa ferramenta leva em conta tanto os pagamentos recebidos pela empresa, como a venda de produtos ou serviços, quanto os realizados para fornecedores e parceiros comerciais. O registro sempre ocorrerá, dessa forma, no momento do pagamento ou do recebimento dos valores, calculando no período determinado pela empresa, como a periodicidade mensal.
Regime de competência
Já o regime de competência segue a dinâmica inversa: todas as operações financeiras, entradas e saídas, serão contabilizadas na mesma data em que a nota fiscal, por exemplo, foi expedida pela própria empresa ou por terceiros. É a ferramenta adotada para fazer a contabilidade de um negócio e é por meio dela que órgãos fiscalizadores, como a Receita Federal, oficializam os processos.
Mesmo que a compra seja parcelada, paga ou até sofra inadimplência do cliente, o fator gerador da data da negociação será a única característica levada em conta. Por essa ferramenta é possível uma gestão contábil e fiscal mais efetiva, possibilitando a contabilidade mensal do negócio independentemente de como será pago ou recebido os valores da nota fiscal.
Como se diferenciam
Ao entender mais sobre o regime de caixa e competência, é preciso elencar como se dá essa diferença na prática. Para exemplificar, vamos pensar que determinado cliente fez uma compra de R$ 1 mil na sua empresa em 15 de janeiro, parcelando em quatro vezes, com a primeira parcela para 90 dias.
O regime de competência irá registrar, para fins de consulta fiscal e tributária, o valor total referente ao mês de janeiro. Por outro lado, o regime de caixa irá utilizar de R$ 250 nos meses maio, junho, julho e agosto – isso se não ocorrer o atraso do pagamento pelo cliente ou casos como inadimplência. Nessa segunda situação, nenhum valor será registrado no regime de caixa de cada período.
Ambas devem ser utilizadas
Sabendo da diferença entre regime financeiro de caixa e competência é importante destacar: ambos devem ser utilizadas conjuntamente no seu negócio. O primeiro dará mais transparência e facilidade para entender as contas da empresa; o segundo ajuda nos aspectos contábil e tributário, além de questões como o balanço patrimonial do negócio.
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